Barata, mais uma vez muito obrigado pela lembrança.
"Um Dodge que renasce das cinzas vale por dois"
19 de Junho de 2010
Por Juliano "Kowalski" Barata
http://www.jalopnik.com.br/conteudo/um-dodge-que-renasce-das-cinzas-vale-por-dois#idc-containerOlhe para a foto acima, e me diga se não é um belo Dodge Dart. Casado na medida certa entre o clássico e o venenoso, tudo old school: rodas Cragar de 15 polegadas, capô com scoop "cowl induction", grade de alumínio polida ao estilo americano, motor com preparação de ponta e um ronco à altura...
Vendo tudo tão impecável e bacana, fica difícil acreditar que este carro já esteve num estado no qual a frase "duvido que volte a andar" era quase o seu sobrenome. E pra mim, isso deixa esse Dodge ainda mais bonito. Querem ver como ele já esteve?
Acredite. Este é o mesmo carro. "O meu Dodge, quando não era meu", descreveu o proprietário. Bacana é você pensar que a noção de posse na frase, na verdade, imbui uma série de significados bacanas e afetivos. O cara simplesmente fez esse carro reviver, uma restauração no melhor sentido do termo: hoje, é um automóvel que vê as ruas, que acelera, que interage com as pessoas na rua - mesmo sendo inanimado.
Esse Dart nasceu na fábrica, viveu várias histórias nas mãos de seus antigos proprietários, morreu ao abandono, escapou de ser desmanchado (destino comum a 95% deles) e renasceu para receber o melhor tratamento de sua história.
O sonho de todo dono de carro antigo. Estrutura zerada, de um Dart nos EUA.
Agora, fica uma dica aos iniciantes: quando for comprar um carro antigo para restaurar, o ítem mais importante é a estrutura. Um motor fumando pode ser retificado, um bloco ou câmbio arruinado pode ser substituído. Peças de acabamento faltantes podem ser compradas, ainda que estejam mais caras a cada dia que passa. Uma pintura ruim ou cheia de massa pode ser refeita, bem como os famosos "podrinhos", furos de corrosão no assoalho ou em regiões onde a água costuma acumular.
Agora, uma estrutura excessivamente corroída ou desalinhada por acidentes exige profissionais extremamente competentes para uma recuperação decente, e mesmo assim não há garantias sobre o nível de rigidez em relação ao projeto original.
Dito isso, fica uma sobremesa do nosso monstro branquedo.
Escapou o pé sobre o acelerador, acontece quando a sola do tênis está molhada.
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